domingo, 28 de março de 2010

Workshop Webelphi 3 - Construção de uma visão de futuro sobre a Defesa Agropecuária brasileira

Uma das atividades do projeto 'Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária' é uma pesquisa para criação de uma visão de futuro para a Defesa Agropecuária brasileira. A pesquisa está sendo orientada pelo Pró-Futuro da USP e conta com a nossa equipe 'core' (que tem a função de elaborar as questões e de analisar/ consolidar dados) e com diversos colaboradores externos (que fazem as vezes de advogados do diabo e avaliam o trabalho da equipe 'core'). O primeiro workshop envolvendo os dois grupos foi realizado em janeiro (ver post de 20/1).

De lá para cá, nós rodamos a primeira etapa da pesquisa, analisamos os dados e elaboramos as questões da Rodada 2. Agora, estamos a postos para iniciar a coleta de respostas da Rodada 2. A pesquisa completa será apresentada na II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária.

Foto 1: à esquerda: Marcus Vinícius Sandim (CNPGC), Vanessa Felipe de Souza (CNPGC), eu, Dione Carina Francisco (Ulbra), Clóvis Improta (Cidasc), Oswaldo Vischi Filho (CDA). À direita: Andrea Stancioli (bolsista), André Tachard (PIIC), Letícia Camilo (bolsista), Joaquim Amado (bolsista), Antonio Drummond (bolsista), Thiago Benedete (Pró-Futuro USP), Jairo Tcatchenco (CDA)

Foto 2: da esquerda para a direita: Jairo, Thiago, Antonio, Joaquim, Letícia, André e Andrea



Friends are always welcome to my place

Sou uma cozinheira mediana... mais ou menos um terço das vezes a comida sai boa... mais ou menos um terço sai comível... e mais ou menos um terço, nem isso... mas nesta noite os convidados tiveram sorte e a comida estava boa. Ou quem sabe, foi o efeito do vinho e da espumante que facilitou... enfim, importante é que, 24 horas depois, não tive relato de que algum dos meus 4 queridos visitantes tenha passado mal.

Filomena é a coordenadora da comissão organizadora do 8 Encontro de Fiscalização e Seminário sobre Agrotóxicos, que acontecerá em São Luís, em junho deste ano. É uma pessoa guerreira e com quem estou tendo o privilégio de trabalhar e aprender. Marcos é uma das pessoas que abriram as portas para este universo dos eventos sobre regulamentação de agrotóxicos no Brasil, grande amigo e que está sempre me ensinando coisas também. E Nataniel, que não aparece na foto com Jesas (sua esposa), é um dos idealizadores dos eventos sobre regulamentação de agrotóxicos, uma liderança no grupo e pessoa a quem admiro muito. Agradeço a visita e espero que haja outras oportunidades para um bom vinho, uma boa conversa e, com sorte, uma boa comida!

Agora... me digam... como é que eu vou não gostar do meu trabalho se através dele posso fazer novos amigos e aprender com eles o tempo todo?

sábado, 20 de março de 2010

Boas lembranças de Boa Vista

Eu sei, já disse semana passada e já disse um milhão de vezes - amo a região norte do Brasil. Mas vou dizer de novo: eu amo a região norte do Brasil. Estive lá novamente esta semana, conhecendo Boa Vista e alguns outros municípios no interior. Fui a trabalho, numa expedição de caça ao ácaro-hindu, espécie que entrou no Brasil em 2008 e que ataca citros. Fomos coletar dados para a avaliação de risco da praga, que subsidiará o trabalho de mestrado da Andreza e o modelo matemático para avaliação do potencial de impacto econômico de pragas quarentenárias (projeto liderado pela Sílvia Miranda, do CEPEA).

Curti tudo - as coletas, os resultados, tudo. Conheci a fronteira com a Venezuela e a Guiana, vi como é a vida nesses lugares. A Guiana lembrou muito o Suriname - o tempero, a arquitetura... a colonização... tem uma grande percentagem de negros, hindus e chineses, muito parecido.

Fotos:
1. Por do sol na Orla Tauaman. O Rio Branco corta a cidade, a orla é maravilhosa e tem uma dezena de bares e restaurantes bacanas, além de um centro de artesanato.

2. Saímos na TV Roraima no dia 17 e na Rede Amazônia no dia 18. É nóis na fita! (e agora? Nóis ou Nois?)

3. Visita ao Vigiagro, em Bonfim, na fronteira com a Guiana. Moisés, Rudolf (SFA-RR) e Andreza

4. Almoço em Pacaraima, na fronteira com a terra do Hugo Chávez

5. Equipe da expedição: Pedro, Andreza, Rudolf e eu - encontramos o ácaro hindu em quatro localidades, de cerca de 20 amostradas. Entendemos que o inimigo não é o ácaro e sim o vendedor de mudas não certificadas, o comprador de mudas não certificadas, o cara que atravessa laranjas e mudas do outro lado da fronteira... esses, sim, precisam ser combatidos.

6. Descontração total na praça onde fica o Portal do Milênio

7. Igreja da Matriz, na parte mais antiga da cidade

8. Andreza, eu e um dos milhares de cupinzeiros 'arquietetônicos' de Roraima. Alguém aí conhece o engenheiro responsável pela obra?








quinta-feira, 18 de março de 2010

Aquarela natural

Andava com mania de sentar no corredor... até que recentemente tive que sentar numa janela por falta de opção e me dei conta do quanto estava perdendo das minhas viagens. Vejam isto:



Não sei que rio é esse, fica na chegada de Brasília a Manaus... parece uma flor de água gigante...

terça-feira, 16 de março de 2010

No Hemisfério Norte, desmistificando Coriolis

Quando estava no colegial, aprendi nas aulas de Física sobre a tal força de Coriolis. In short, o professor dizia que, em função do movimento de rotação da terra, no Hemisfério Sul a água gira em um sentido enquanto no Hemisfério Norte, ela gira ao contrário. Isso valeria, segundo as aulas, para qualquer movimento de cursos d'água, até para um redemoinho formado na pia. Na real, na real, eu nunca me lembrei disso nas minhas idas para o Hemisfério Norte. Aliás, nunca nem questionei isso a ponto de me prestar para observar a água girando na pia ou na privada... aí hoje, em Boa Vista lembrei dessa história e estava a ponto de ir checar na pia e entrei no Google para ver de que lado a água deveria girar aqui. Decepção total. Vejam:

"Desconstruindo o mito. Uma experiência interessante que pode ser feita facilmente em casa para comprovar que o mito é só um mito foi proposta por John C. Salzsieder no artigo "Exposing the bathtub Coriolis myth" (revista "The Physics Teacher", volume 32, fevereiro de 1994): Pegue dois recipientes de aproximadamente 45x35x10 cm. Faça um buraco no fundo de cada recipiente e feche-os com uma rolha. Encha os tanques com água e, com o dedo, mexa a água no sentido horário no primeiro recipiente e no sentido anti-horário no segundo recipiente. Espere até que a água esteja completamente parada e retire as rolhas (pela parte de baixo do recipiente, para você ter certeza que não pertubará a água). Você verá que ao invés da água escoar no sentido horário nos dois recipientes como prevê o Efeito de Coriolis, o vórtice formado no primeiro recipiente escoará no sentido horário e no segundo recipiente escoará no sentido anti-horário! A explicação é que mesmo parada a água ainda guarda uma certa quantidade de movimento residual que, apesar de muito pequena, ainda é muito maior do que a força de Coriolis."

(Extraído de AlgoSobre)

sábado, 13 de março de 2010

Missão cumprida! Macapá deixou saudades!

Dizem que a gente sente saudade dos lugares nos quais é bem tratado. Deve ser verdade. Deve ser verdade também que saudade dá quando o trabalho tem resultados positivos. Passei cinco dias em Macapá trabalhando no Encontro de Fiscalização de Agrotóxicos da Região Norte. Apenas cinco dias, mas tão intensos que a sensação é de ter passado muito mais tempo. Revi velhos amigos, fiz novos amigos, conheci lugares e costumes, comi coisas deliciosas e até tive uma pequena e linda amostra da música popular amapaense. Saí de lá com o sabor de dever cumprido, mas com uma sementinha de saudade... eu volto, logo logo eu volto!

Foto do grupo de trabalho (grupo dos Carlos):
Em primeiro plano: José Carlos (ADAPEC), Carlos César (ADAPEC), Sandoval (CODESAV), Tânia (DIAGRO), Rosival (DIAGRO), Oder (IDAF), Leonardo (SEAPPA), Antonio (CGAA), ?? (SFA-AP)

Em segundo plano: ?? (DIAGRO), Carlos (ADERR), eu, Filomena (AGED), Luís Carlos (ADEPARÁ), Edmur (ANDEF), Ana Telma (INPEV), Alfredo (CGAA) e Luís Carlos (ANDEF)




E aqui, uma das musiquinhas favoritas da MPA, com fotos da reunião. A música é de autoria do Nivito e as fotos são minhas.


Tô em Macapá
(Nivito)

Quer saber
Onde eu tô?
Tô no norte do Brasil
Eu tô em Macapá

Dançando marabaixo
Tomando gengibirra
Coisas de nossa origem
Tô falando do curiaú
Tô no trapiche fortaleza e no quebra mar
Saboreando um sorvete de cupuaçú
Eu tô no meio do mundo
Do norte para o sul
Indo pra fazendinha comer camarão no bafo
Na volta rampa santa inês ou praça Zagury
Comer um charque com farinha e açaí

É um paraíso na terra
E nada é iqual aqui
Tenho um amor do lado
Tô apaixonado por ti
Arrepiado quando vejo este teu luar
Alucinado com as ondas desse rio-mar
Sentindo o sol raiando no antigo garapé
A sua benção meu querido São José

terça-feira, 9 de março de 2010

Aqui é o meu país...


Leo, Antonio e Alfredo, companheiros nesta viagem. Companheiro é companheiro!


Fortaleza de São José de Macapá, fundada no século XVIII para proteger os limites territoriais do Brasil. Parada obrigatória para quem vai a Macapá


Embarcação pronta para a viagem - Macapá não tem ligação via rodovia para nenhuma outra capital brasileira. Para Belém, são 24 horas em barco. Este barco estava indo para Afuá, município paraense do outro lado do Rio Amazonas, a 4 horas de viagem de Macapá

Que eu amo o Brasil não é segredo muito menos novidade para ninguém... Nunca me seduziu a ideia de sair daqui para sempre, nem por longos períodos. Amo o Brasil com a convicção de que este é o melhor lugar do mundo. Por vários motivos - o principal deles é toda a sua diversidade... outros motivos... a heterogeneidade em todos os aspectos, a imprevisibilidade que - ao mesmo tempo que incomoda - obriga a um estado de criatividade extrema... essas condições tornam praticamente impossível a formação ou o crescimento de sentimentos de hostilidade a outgroups. É claro que ele tem defeitos. Não sou ingênua a ponto de pensar que o Brasil não tem problemas. Mas a realidade é que eles - na minha opinião - são muito pequenos diante de tudo o que o Brasil tem de bom.

Estou em Macapá desde sábado e tenho vivido aqui dias de muito trabalho, mas também muito prazerosos. Muito trabalho pois iniciou hoje o Enfisa e tivemos hoje uma tarde de discussão sobre os procedimentos de fiscalização de agrotóxicos na Região Norte. É uma região tão imensa e tão cheia de particularidades que qualquer solução que se prove efetiva no sul do Brasil aqui se transforma em algo inexequível. Eu quero ainda nesta vida poder trabalhar por este pedaço tão esquecido do Brasil. De novo... gente, vamos olhar com mais carinho para esta parte do nosso país?

"Aqui sou um passarim
Que as penas estão por dentro
Por isso aprendi a cantar,
Voar, voar, voar
Me diz, me diz
Como ser feliz em outro lugar?"

(Ivan Lins)


domingo, 7 de março de 2010

Isto aqui ô ô é um pouquinho de Brasil iaiá...




Futebol de areia é badalado... sai até na tv... com direito até a Copa do Mundo de Futebol de Areia... agora... hoje eu vi algo sobre o quê já tinha ouvido falar, mas que não sai na tv, que é o Futelama. É, isso mesmo - futebol na lama. Não tive a curiosidade de contar quantos jogam em cada time. Mas fiquei imaginando a delícia que deve ser escorregar na lama atrás da bola. O jogo começa quando a maré do Rio Amazonas baixa... ao redor do jogo, muita gente andando de bicicleta, brincando, nadando... curtindo o riozão... e eu só olhando, morrendo de vontade de ir provar a sensação da lama... me emocionando em ver a vida passar tão linda e simples diante dos meus olhos. Isto é melhor que televisão! Gente, vamos olhar mais de perto para este lado do Brasil!

sábado, 6 de março de 2010

Tudo muda o tempo todo...

Nasci em 1971. Naquela época, o Brasil era formado por 21 estados, três territórios e um Distrito Federal. Assisti de longe a 'mitose' de MT e de GO, que resultaram em dois novos estados em 1977 (MS) e 1988 (TO). Também de longe assisti à transformação de RO (1982), RR (1988) e AP (1988) em estados. Ao transformar territórios em estados, RO, RR e AP passaram a ter autonomia e legislações estaduais próprias. Isso explica o fato de Macapá e Boa Vista estarem entre as cidades que mais cresceram nas últimas duas décadas, em função da necessidade de instalação de toda uma infraestrutura de governo.

Tudo isso eu vi de longe nos livros de Geografia e nas aulas do professor Muricy Domingues... e agora estou tendo a oportunidade de ver ao vivo e a cores a realidade desses novos estados. E dos velhos também! Das 27 unidades da federação atuais, só me falta conhecer Roraima, Rondônia e Mato Grosso. Brasileiríssima, cada vez mais apaixonada por este país. Troco ele por nenhum outro, não.

A mil por hora com a Conferência

Esta foi uma semana agitada na organização da II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária. Começou com uma apresentação para o Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp em São Paulo e terminou com o lançamento no Ministério da Agricultura. Aos poucos, a programação está sendo definida e em breve estará disponível no site do evento. E vamo que vamo!

1. Conselho Superior do Agronegócio, da FIESP, presidido por Roberto Rodrigues. Cerca de 100 lideranças do agronegócio brasileiro participaram.

2 e 3. Lançamento da Conferência no Ministério da Agricultura, pelo Secretário de Defesa Agropecuária Inácio Kroetz e com presença do Secretário de Agricultura de MG Gilman Viana, do Diretor do CNPq José Oswaldo Siqueira e, claro, do Professor Evaldo. Diretores de todos os departamentos da SDA e de várias coordenações estavam presentes.



quarta-feira, 3 de março de 2010

Evaldo Vilela convida: II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária

Tenho dedicado grande parte do meu tempo à organização da II Conferência Nacional sobre Defesa Agropecuária, que acontecerá em Belo Horizonte, MG, de 26 a 29 de maio de 2010. Vejam vídeo com professor Evaldo Vilela falando sobre a proposta do evento:

segunda-feira, 1 de março de 2010

Águas azuis, céu azul, tudo azul!

Natal é maravilhosa. Estive lá por pouco mais de 24 horas, trabalhando nos preparativos do Encontro de Fiscalização sobre Agrotóxicos, que será de 14 a 16 de abril, sob coordenação do Magnos, do Idiarn. Tudo está bem encaminhado - o local do evento, a programação técnica e a programação social. Tudo muito bonito, comida maravilhosa e o pessoal gente boa demais. Trabalhar, eu tenho que trabalhar todo dia mesmo... então melhor que seja num lugar como esse!

Fotos:
1. Com Magnos e Alfredo no restaurante Mangai, nome com som de japonês, mas tipicamente nordestino. A decoração é muito pitoresca, cada canto tem um detalhe, tudo de muito bom gosto.

2. Vai ser 'fácil' trabalhar olhando pra um marzão desses! Vista do Hotel Holiday, local da nossa reunião de abril.