sexta-feira, 23 de março de 2012

Issuu - excelente recurso para criar uma biblioteca online

E-books precisam de E-libraries... e acho que foi pensando nisso que foi criado o Issuu... é um site para disponibilizar livros, folhetos, manuais, catálogos... ou qualquer outro tipo de documento que você acha que possa interessar a alguém.

Funcionamento extremamente simples - vc gera o pdf, carrega o pdf e... pronto! o sistema coloca o teu texto numa interface bacana, que fica parecendo um livro... e, se vc quiser (e tiver paciência), dá para explorar recursos de hipertextualidade, como inserir links externos, facilitar o acesso a páginas dentro do livro, etc. Você determina se a publicação será pública ou privada... se o usuário poderá fazer o download... se poderá fazer comentários... muito legal mesmo!

Não bastasse isso, dá para montar a nossa biblioteca com publicações próprias ou de terceiros. Montei a minha biblioteca, começando por livros de Entomologia e Fitopatologia. Vejam: http://issuu.com/reginasugayama/bookmarks?id=unsorted

Devo esta dica ao Jota! Este é o melhor presente que posso ganhar dos meus amigos, ou seja, brinquedinhos online para eu me divertir.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Workshop Ameaças Fitossanitárias para o Brasil

Março é correria geral... depois de carnes, agrotóxicos e sanidade apícola... vem aí o quarto evento do mês!


sábado, 17 de março de 2012

ENFISA etapa 1 de 4 - Concluído!

Quem me conhece sabe: no primeiro semestre, o bicho pega. Não sei ao certo por quê, mas tudo se concentra nos meses de março a junho... este ano, por exemplo... são 4 Enfisas, 3 workshops do InovaDefesa e mais a Conferência... em compensação, de junho a dezembro, é aquele marasmo. Tá. Gostaria de acreditar nessas últimas palavras que escapuliram pelas pontas dos dedos... 'aquele marasmo'... quem vê pensa... segundo semestre acaba sendo tão corrido quanto o primeiro porque é quando a gente prepara o terreno para realizar os eventos do primeiro semestre do ano seguinte... ou seja, o bicho pega nos dois semestres mesmo... 

Mas tudo bem. Não me importo. Prá ser sincera, até gosto que seja assim. Adoro. Adoro meu trabalho, adoro viajar, adoro conhecer lugares, pessoas e realidades diferentes da minha. E tenho tido o privilégio de rodar por este Brasilzão que eu amo. Tá certo que às vezes eu abuso... mas... de certo uma hora vai chegar em que ficarei mais 'séssil'...

Semana passada, começou o Enfisa 2012, pelo Regional Norte em Manaus. Tivemos uma série de contratempos de toda ordem: pessoal, administrativa... mas o importante é que o evento aconteceu e atingiu os objetivos a que se propunha. Todos os estados da região estavam representados e as discussões giraram em torno da fiscalização do receituário agronômico, destinação de produtos apreendidos, educação sanitária e outros temas ligados ao uso seguro de agrotóxicos. Só faltaram duas pessoas... a Alessandra e a Aldenir... que foram guerreiras nos preparativos mas não estão mais nos cargos que estavam na época em que iniciamos a organização em agosto do ano passado... 

Foi ótimo reencontrar amigos de velha data e pessoas com as quais venho trabalhando há mais de cinco anos. Foi ótimo, também, conhecer gente nova que iniciou no serviço - ainda mais na Região Norte, onde me sinto muito em casa e muito à vontade. Já estou com as malas prontas para ir para minha querida Belém no semestre que vem, para iniciar os preparativos do Regional Norte 2013!! Bom, se me chamarem, é claro rsssss

Leia a Carta de Manaus aqui:

Segunda-feira à tarde: tudo pronto para começar! 

Terça-feira de manhã: com vocês, fica bem melhor!

Velhos e queridos amigos: Luís Ribeiro e Fernando Marini

Comparando com 2011 e 2010... o grupo da região Norte cresceu!

Luiz Antônio da Silva... ou Luizinho, um coração enorme e muita coragem para não deixar a peteca cair

Com Rachel e Eutália, do IDARON. É ótimo quando nossos caminhos se cruzam!

Luizinho abrindo a reunião

Mirne Santana, um prazer haver conhecido pessoalmente!

Carlos Terossi, coordenador do Regional Norte do ano passado

A indústria nunca esteve tão bem representada no regional Norte como neste ano

Sou fã dessa menina! Ainda mais agora que ela não tem mais medo de mim rsssss

Luís Rangel, a espinha dorsal do ENFISA e com quem tenho a felicidade de trabalhar desde 2006

Carlos Barbosa de Lima, do Tocantins. Gente boa prá caramba!
Andef, Sindag, Aenda e Andav: faltou o Inpev na foto...
Taí o Inpev: Paulo Ely
 
Luiz Guamá, da Adepará. Coordenador do Regional Norte 2013

Nelson Leite, também da Adepará, coordenador do Enfisa Regional Norte 2013

Meu amigo acreano favorito, Oder Gurgel, passamos apuro juntos em 2008 no Enfisa Regional de Rio Branco

Ivênio Hartmann, do Diagro

Participaram deste evento:

Nome Instituição Estado
Amilcar da Silva Ferreira CODESAV AM
Ana Telma Soares INPEV Ouvinte
Antônio Joaquim do Espírito Santo IDAM AM
Bárbara Brandão Ferreira da Silveira CODESAV AM
Capitulino Leite Loureiro Neto ADERR RR
Carlos Alberto Terossi Filho ADERR RR
Carlos César Barbosa Lima ADAPEC TO
Diogo Mazotini ANDAV Ouvinte
Eutália da Cunha Alves IDARON RO
Fábio Kagi AENDA Ouvinte
Fernando Henrique Marini SINDAG Ouvinte
Ingergleice Machado de Oliveira Abreu ADAPEC TO
Ivênio Roque Hartmann Neto DIAGRO AP
João Lucas Neto CODESAV AM
Joyce Oliveira Lima ARAM AM
Luís Carlos Ribeiro ANDEF Ouvinte
Luís Eduardo Pacifici Rangel CGAA Coordenador
Luiz Antônio Silva CODESAV AM
Luiz Carlos Cordeiro de Guamá ADEPARÁ PA
Marcos Félix de Queiroz CODESAV AM
Marília Bittencourt de Oliveira Angarten SEAGRI Convidado
Mirne Santana SFA-AM AM
Nelson Leite ADEPARÁ PA
Oder José da Costa Gurgel IDAF-AC AC
Paulo Ely INPEV Ouvinte
Paulo Ricardo Faria de Sant'Anna ANDEF Ouvinte
Rachel Barbosa da Silva IDARON RO
Regina Sugayama AGROPEC Organização
Renata Eschinletti ANDEF Ouvinte
Rolângio Ferreira de Souza CODESAV AM

domingo, 4 de março de 2012

+ 1 de avião

ainda vou escrever um livro com causos de avião... o de hoje... é que viajei ao lado de um senhor muito conversador e que veio tratando os ouvidos do amigo dele (e os meus também) como se fossem penico. a derradeira... a saideira... a inesquecível... foi:

'um absurdo o Brasil ter horário de verão só em alguns estados. só aqui mesmo. ou entra o país inteiro ou não entra ninguém'...

+ 1 de avião

ainda vou escrever um livro com causos de avião... o de hoje... é que viajei ao lado de um senhor muito conversador e que veio tratando os ouvidos do amigo dele (e os meus também) como se fossem penico. a derradeira... a saideira... a inesquecível... foi:

'um absurdo o Brasil ter horário de verão só em alguns estados. só aqui mesmo. ou entra o país inteiro ou não entra ninguém'...

sábado, 3 de março de 2012

Tarefa do dia: desfazer malas de ontem e fazer malas de amanhã

Cheguei ontem à noite de Campo Grande... e amanhã já vou para Manaus porque começa o ENFISA 2012!

Amapá é identificado como possível porta de entrada de pragas vegetal e animal

Desde domingo (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir formas de prevenção às pragas.


O Amapá está entre os estados da federação que podem ser portas de entrada no Brasil de cerca de 104 pragas na área vegetal e 22 na área animal. A análise de risco é da bióloga de Minas Gerais Regina Sugayama. Além do Amapá, estados como, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Pará também estão com risco iminente de pragas por serem regiões de fronteira. Outro perigo identificado pela bióloga são as rodovias que estão sendo construídas na região, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da estrada transoceânica, que ligará o Pacífico ao Atlântico.

Mas o problema não atinge só a região Norte do Brasil. A preocupação também se dá no Nordeste brasileiro, especialmente no Estado da Bahia. O presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura, Eduardo Salles, que também é engenheiro agrônomo e secretário da agricultura no estado baiano, destacou a monília (ou moniliase), que está presente na Colômbia e Venezuela. O local é distante pouco mais de 200 quilômetros de Assis Brasil, no Acre. E ainda, o Ácaro Vermelho das Palmeiras e a Mosca da Carambola, inimigo dos citros e das fruteiras. 

Desde domingo (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir com as pastas de Agricultura o que está sendo feito nas fronteiras e celebrar com estes estados, Termo de Cooperação Técnica “guarda-chuva” relativo à defesa vegetal, animal e inspeção sanitária. 
 
Eduardo Salles alertou que não se pode permitir que aconteça com a monília o mesmo que ocorreu com a vassoura de bruxa. A praga entrou no estado da Bahia e devastou a região cacaueira. Por isso, a ênfase com os estados produtores de cacau será a prevenção à monília.

Mosca da carambola
O Ministério da Agricultura realiza um trabalho de controle da mosca da carambola no Amapá há mais de 10 anos. A finalidade é manter a praga no território amapaense para não prejudicar os outros estados brasileiros. Para isso, os órgãos de defesa sanitária fazem a divulgação nos portos sobre o que fazer para impedir a proliferação da praga, bem como fixam cartazes nas embarcações conscientizando a população sobre a importância de manter a doença no Amapá. (Maiara Pires/aGazeta)

Bióloga coloca o Amapá na rota das pragas vegetais e animais

De acordo com análise de risco feita pela bióloga Regina Sugayama (foto), para o Governo da Bahia, o Amapá integra uma rota de entrada para o Brasil de cerca de 104 pragas na área vegetal e 22 na área animal, oriundas de países como Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. Os vizinhos do Amapá na região Norte, Acre, Rondônia, Roraima, Amazonas e Pará, estariam nessa condição, devido fazerem fronteira com as possessões sul-americanas apontadas como de risco.
Segundo matéria publicada pelo jornal Tribuna da Bahia, o perigo se torna maior em função das rodovias que estão sendo construídas na região, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da estrada transoceânica, que ligará o Pacífico ao Atlântico.
Desde domingo, (26) até o dia 2 de março, uma equipe baiana percorre os estados do Acre, Rondônia, Amapá e Roraima para discutir com os secretários de Agricultura o que está sendo feito nas fronteiras e celebrar com estes estados Termo de Cooperação Técnica “guarda-chuva” relativo à defesa vegetal, animal e inspeção sanitária. “A ênfase com os estados produtores de cacau será a prevenção à monília”, disse o secretário estadual da Agricultura da Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles.
Ainda de acordo com declarações do secretário baiano, que é também presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura, “O problema não é somente dos estados do Norte. É do Brasil e, neste contexto, da Bahia também”. Entre as muitas pragas que estão batendo à porta do Brasil, ele destaca a monília (ou moniliase), que está presente na Colômbia e Venezuela, distante pouco mais de 200 quilômetros de Assis Brasil, no Acre, além o Ácaro Vermelho das Palmeiras e a Mosca da Carambola, inimigos dos citros e das fruteiras.

Cooperação - O secretário Eduardo Salles, que na manhã desta segunda-feira (27) assinou o Termo de Cooperação Técnica com o secretário de Agricultura do Acre, Mauro Jorge Ribeiro, afirmou que “não podemos ser omissos. Nesse momento devemos colocar o “dedo na ferida” porque o efeito destas pragas no território baiano pode causar prejuízos incalculáveis, não só financeiros, mas principalmente sociais”. Ele acrescenta que “não podemos permitir que aconteça com a monília o mesmo que ocorreu com a vassoura de bruxa, que acabou entrando no Brasil e na Bahia, e devastou a região cacaueira”. Ao assinar o termo de cooperação com a Secretaria da Agricultura do Acre, Salles afirmou que quer estabelecer intercâmbios com este Estado, citando entre outras a área de piscicultura, bastante avançada no estado do Norte.
Os estados do Amazonas e Pará também assinarão o termo, em Porto Velho, Rondônia, onde no dia 28 acontecerá a reunião do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura, Conseagri, Dessa reunião de trabalho vão participar o diretor de Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura (Mapa), Cosan de Carvalho Coutinho, que fará palestra sobre barreiras sanitária, e um técnico da Ceplac especialista em cacau. A equipe da Seagri, composta, além do secretário, por Paulo Emílio Torres, diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab); Armando Sá, diretor de Defesa Vegetal da Adab, e a engenheira agrônoma Catarina Cotrim de Mattos Sobrinho, coordenadora regional da Adab em Itabuna, na região cacaueira, vai verificar in loco a situação in loco e fará palestra sobre o Plano de Contingenciamento da Moniliase desenvolvido pela Bahia e parceira com o Mapa/Ceplac.

Fonte: http://amapaempaz.blogspot.com/2012/02/biologa-da-bahia-coloca-o-amapa-na-rota.html

Secretário fica estarrecido com as condições de defesa agropecuária nas fronteiras

O estado do Amapá é o único no Brasil onde já entrou a Mosca da Carambola, uma praga das mais perigosas, que pode causar danos irreversíveis a toda fruticultura baiana e brasileira. A praga entrou no Amapá através da fronteira com a Guiana Francesa, onde não há qualquer fiscalização fitossanitária no lado brasileiro. Foi pelo Amapá que também entrou no Brasil, em 1950, a Doença de New Castle, que ataca a avicultura; o Moko da Bananeira, em 1976, e a Mosca da Carambola, em 1996.

Estarrecido com as condições da defesa agropecuária nas fronteiras dos Estados do Norte do País com o Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, o secretário da Agricultura da Bahia e presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, afirmou que esta é uma questão de segurança nacional, explicando que o Amapá é uma das portas de entrada de pragas e está escancarada. “Essas pragas que já entraram no Estado podem ser disseminadas para outras unidades da Federação, e essa é a nossa maior preocupação”.

Com essa visão, menos de 24 horas depois de assinar com os Estados de Rondônia, Acre, Pará e Amazonas, em Porto Velho, um Termo de Cooperação Técnica “guarda-chuva”, relativo à defesa animal, vegetal e inspeção sanitária, Eduardo Salles e Paulo Emílio celebraram o acordo com a Secretaria de Agricultura do Amapá. O foco da parceria é a prevenção e às pragas presentes nos países fronteiriços com os seis estados da região Norte, visando impedir ou retardar a entrada no Brasil de cerca de 140 pragas. Entre elas estão a Moniliase do Cacaueiro, mais devastadora que a vassoura-de-bruxa; a Mosca da Carambola, uma das mais destrutivas dos frutos carnosos; o Acaro Vermelho das Palmeiras, que agride o coco, banana, dendê e Palmito, e a Sigatoka Negra, que pode prejudicar muito a cultura da banana, dentre outras.

O secretário do Amapá, José Roberto Pantoja, disse que “o Amapá assina o termo com a Bahia com a visão de ajudar a proteger o Brasil”. Ele destacou que, “hoje, o Estado do Amapá, principalmente a área de fronteira realmente não está devidamente protegida contra a entrada de novas pragas e claro que a partir do momento que entrar no Amapá, pode avançar para os demais estados do Brasil”.

Para o secretário Eduardo Salles, o termo de cooperação técnica representa uma antecipação a um problema que pode vir a acontecer. “Nosso objetivo imediato é fechar ao máximo as portas do Brasil para a entrada destas pragas, e ao mesmo tempo combater as pragas que já entraram, evitando assim sua disseminação para outros estados, como é o caso da Mosca da Carambola”, Explicou também que, “numa outra frente imediatamente temos que trabalhar com nossos órgãos de pesquisa visando desenvolver variedades resistentes e controles biológicos e químicos, para que a gente não sofra tanto do ponto de vista econômico como social caso estas pragas avancem pelo Brasil”.

Danos
Somente para se ter uma idéia do que poderia acontecer, se a Mosca da Carambola entrar somente no Pará que não é um dos estados maiores produtores de frutas do país, projeções feitas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), estimam que em três meses os prejuízos chegariam a U$ 200 milhões. Originária do continente asiático, a Mosca da Carambola está presente na Malásia, Burna, Sri Lanka, Indonésia e Sul da Tailândia. Na America do Sul foi detectada no Suriname em 1975, Guiana Francesa em 1989, no Amapá em 1996.

É considerada uma das mais destrutivas dos frutos carnosos, atacando mais de 30 espécies de fruteiras de importância econômica. Tem como hospedeiros primários; carambola, goiaba, manga, maçaranduba, sapoti, jambo vermelho, e laranja caipira entre outros. A Bahia é o segundo maior produtor e o maior exportador de frutas do país, sendo, por exemplo, o maior produtor nacional de coco, maracujá, cacau, guaraná, mamão, manga, graviola e o segundo maior produtor de laranja, banana, marmelo, limão, melancia. Assim, impedir que a praga da Mosca da Carambola se propague para outros estados é uma questão que se torna crucial para a Bahia, mesmo estando distante dos estados do Norte.
Em viagem de trabalho ao Amapá, acompanhado pelo diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, e o diretor de Defesa Vegetal, Armando Sá, o secretário Eduardo Salles tinha entre outros o objetivo de visitar as barreiras sanitárias no Oiapoque, extremo Norte do Amapá, divisa com a Guiana Francesa, para ver com funcionavam, “mas descobrimos que as barreiras simplesmente não existem. Não temos nenhum fiscal agropecuário na fronteira, por onde já entraram a Mosca da Carambola, o Moko da Bananeira e Doença de New Castle”, disse Salles, surpreso.

Fonte: Revista Produz

sexta-feira, 2 de março de 2012

Secretários de Agricultura debatem ações de prevenção à entrada de pragas no País

Da Redação

Agência Pará de Notícias
Atualizado em 29/02/2012 às 10:30

Um dos assuntos que mais preocupa os secretários de agricultura de todos os estados brasileiros, que se reuniram nesta terça-feira (28), em Porto Velho (RO) durante encontro do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri) é o risco de entrada no Brasil de aproximadamente 104 pragas na área vegetal e 22 na área animal, em função das rodovias que estão sendo construídas na região Norte, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da rodovia Transoceânica, que ligará o Pacífico ao Atlântico. Fronteira com o Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, o Acre, Rondônia, Amapá, Roraima, Amazonas e Pará, podem ser portas de entrada para essas pragas.
Os secretários mostraram-se preocupados com a monília (ou moniliase), uma doença inexistente no Brasil, que ataca os cacauais do Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Peru, Honduras e Belize, causando perdas de 50% a 100%. Na Venezuela, a doença já foi detectada distante pouco mais de 200 quilômetros de Assis Brasil, no Acre.
Durante o evento, o secretário Hildegardo Nunes assinou o Termo de Cooperação Técnica com a Secretaria de Agricultura da Bahia, para a formação de um ”guarda-chuvas” de defesa vegetal, animal e inspeção sanitária no Pará a exemplo do que foi feito naquele estado parfa evitar a entgrada da doença no Estado. Outras pragas como o ácaro vermelho das palmeiras e a mosca da carambola, inimigos dos citros e das fruteiras, também ameaçam entrar no país pela região Norte.
Hildegardo Nunes também foi escolhido coordenador dos secretários de Agricultura da Região Norte durante o evento, que reuniu secretários de todos os estados do país. Também ficou decidido que as demais regiões serão coordenadas por São Paulo (Sudeste), Alagoas (Nordeste), Mato-Grosso (Centro-Oeste) e Santa Catarina (Sul).


Texto:
Raimundo Sena - Sagri
Fone: (91) 4006-1210 / (91) 8883-1339
Email: sagrimprensa@gmail.com


Secretaria de Estado de Agricultura
Tv. Do Chaco, 2232. Belém-PA. CEP 66090-120
Fone: (91) 3226-8904/1363
Site: www.sagri.pa.gov.br Email: gabinete@sagri.pa.gov.br

Secretários querem Forças Armadas, PF e Funai na defesa agropecuária

29/02/12 - 15:30
Fronteiras dos estados do Norte podem ser portas de entrada de mais de 100 pragas no Brasil

Reunido nesta terça-feira (28) em Porto Velho, Rondônia, o Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura, Conseagri, decidiu encaminhar ofício aos Ministérios da Justiça, Defesa, Agricultura e Casa Civil, solicitando a inclusão da defesa agropecuária nas operações das Forças Armadas, e Sentinela, realizadas pela PF, com o objetivo de reforçar a defesa sanitária nas fronteiras. Os estados do Acre, Rondônia, Amapá, Roraima, Amazonas e Pará fazem fronteira com o Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, países onde existem mais de uma centena de pragas que podem migrar para o Brasil, estando entre elas doenças graves como a Monilíase do Cacaueiro, mais devastadora que a vassoura-de-bruxa; a Mosca da Carambola, uma das mais destrutivas dos frutos carnosos, atacando mais de 30 espécies de fruteiras de importância econômica; o Acaro Vermelho das Palmeiras, que agride o coco, banana, dendê e Palmito, e a Sigatoka Negra, que pode prejudicar muito a cultura da banana, dentre outras.

Em recente declaração à imprensa, o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, anunciou que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica terão como prioridade, nos próximos 20 anos, a defesa da Amazônia, das fronteiras brasileiras e da chamada Amazônia Azul (águas jurisdicionais brasileiras). “Nós desejamos a participação das Forças Armadas na construção desse escudo protetor que estamos articulando com os secretários dos Estados do Norte de País, visando evitar que o Brasil sofra incalculáveis prejuízos econômicos e sociais”, afirma o presidente do Conseagri.

Secretário Agricultura da Bahia e presidente do Conseagri, o engenheiro agrônomo Eduardo Salles explicou que a proposta é treinar os militares e os agentes da Polícia Federal que patrulham as fronteiras e combatem o tráfico de entorpecentes, capacitando-os para atuar como fiscais agropecuários. De acordo com Paulo Emílio Torres, diretor geral da Agência de Defesa agropecuária da Bahia (Adab), essa experiência vem sendo realizada com sucesso na Bahia, nas estradas estaduais e federais, com os patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Polícia Rodoviária Estadual.

A Funai também será convidada para participar desse esforço, porque uma das possibilidades de entrada de pragas no País pela região amazônica são as tribos indígenas, algumas ainda sem contato com a civilização, que transitam por entre os estados, e até por países que fazem fronteiras com o Brasil, transportando sementes e mudas, sem qualquer controle sanitário. Os agentes da Funai também poderão ser treinados para atuar como fiscais agropecuários.

O perigo se torna maior em função das rodovias e pontes que estão sendo construídas na região, interligando os estados entre si e com outros países da América do Sul, a exemplo da estrada transoceânica, que liga Rio Branco a Lima no Peru, disse Eduardo Salles ao fazer uma apresentação detalhando as pragas existentes no Peru, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa, no total de 144.

Terra para estrangeiros
Considerada por todos os secretários como a melhor e mais produtiva reunião do Conseagri, o encontro de Porto Velho foi marcado pela discussão de temas polêmicos, gerando encaminhamentos que vão aterrisar na mesa dos ministros da Agricultura e do Trabalho e também da Advocacia Geral da União (AGU). Um dos temas debatidos foi os impactos negativos do parecer da AGU, vetando a compra de terras por estrangeiros, decisão que tem feito o Brasil perder diariamente milhões de dólares e a possibilidade de gerar milhares de empregos.

Somente no setor de florestas plantadas já são R$ 36 bilhões que deixaram de ser investidos por estrangeiros, por causa da proibição da AGU, informou Cesar Augusto dos Reis, diretor executivo da Associação Brasileira de Florestas Plantadas, que pediu apoio aos secretários para resolver esse impasse. Na Bahia, relatou o secretário Eduardo Salles, bilhões de dólares deixaram de ser investidos no setor agropecuário, por causa da insegurança jurídica. “Nós somos contra a especulação imobiliária, mas a favor da produção”, disse ele, defendendo a proposta de que os estrangeiros que queriam investir na produção e na agroindustrialização tenham o direito de comprar terras para produzir o equivalente a 50% da capacidade instalada de processamento. “Desta forma os recursos internacionais são investidos no setor e nas suas infraestruturas importantíssimas para o País. Ao mesmo tempo, os produtos agropecuários são agroindustrializados, ao invés de serem vendidos como commodities, gerando milhares de empregos”, diz o secretário.

Por unanimidade, o Conselho decidiu elaborar um documento mostrando a preocupação dos secretários com o momento de paralisia do setor agropecuário em função do parecer da AGU e encaminhá-lo à Casa Civil da presidência da República, à AGU, aos ministérios da Agricultura e da Indústria e Comércio e ao vice-presidente da República.

No Dia 2 de abril os membros do Conseagri terão audiência com o ministro Mendes Filho, da Agricultura, quando o assunto será discutido. Também os governadores, senadores e deputados de cada Estado serão mobilizados para buscar a solução para esse grave problema.

Questões indígenas e trabalhistas preocupam os secretários
As questões indígena e trabalhistas também foram colocadas em pauta pelo secretário Eduardo Salles, e debatidas na reunião do Conseagri. Com relação ao primeiro assunto, o Conselho decidiu por unanimidade enviar ao Congresso Nacional moção de apoio à votação imediata e aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 215. Esta PEC transfere ao Congresso a competência exclusiva para homologar as demarcações de terras indígenas. Ficou definido que será enviado um oficio ao presidente da Câmara, Ministérios afins ao assunto e lideranças políticas dos estados.

Com relação às questões trabalhistas, que Salles classifica como de extrema importância para o setor agropecuário, o Conseagri decidiu ampliar o debate com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Contag, e com a Confederação Nacional da Agricultura. Um documento sistematizando as idéias e propostas será elaborado e enviado a estas entidades.

Conama
Outra decisão importante do Conseagri, encaminhada pelo vice-presidente da entidade, Eron Bezerra, secretário da Agricultura do Amazonas, foi a reivindicação de assento no Conselho Nacional do Meio Ambiente, Conama. “Precisamos ter voz nos fóruns que decidem questões relacionadas à produção”, disse Bezerra. Um documento solicitando formalmente assento n Conama será enviado aos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura, Casa Civil, presidente da República e ao Conama.
SEAGRI - BA
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